Cada vez mais, a transformação digital vem revolucionando vários segmentos do mercado. O uso de tecnologias disruptivas, como Internet das Coisas (IoT), Big Data e Inteligência Artificial fortalece o projeto e inovação das empresas. Além destas citadas, outra tecnologia que vem sendo amplamente explorada é a do blockchain.

A consultoria Gartner prevê que, a partir de 2023, soluções completas e prontas da tecnologia devem estar disponíveis no mercado para empresas. Com isso, as organizações terão condições de criar modelos de negócios inovadores, incorporando contratos inteligentes, tokenização e transações descentralizadas na operação. Ou seja, será possível obter o valor com o blockchain.

Antes que isso aconteça, é importante entender o que é essa tecnologia, seu potencial e de que maneira ela pode transformar o seu modelo de negócio.

Quer saber mais sobre o tema? Continue a leitura!

#1 O que é blockchain? E como surgiu?

Originalmente, o blockchain, também conhecido como sistema de registros em “cadeia de blocos”, foi criado para ser usado na verificação de transações bancárias feitas usando a criptomoeda Bitcoin.

Na prática, o blockchain é como um “livro-razão”, compartilhado entre os usuários, que permite os registros de transações financeiras e a criação de novas moedas em uma estrutura descentralizada com alta confiabilidade.

Isso porque sempre que alguém tentar efetuar uma transferência, o sistema é capaz de identificar fraudes e tentativas de manipulação de dados.

#2 Como funciona o blockchain

O blockchain otimiza as transações e o compartilhamento de informações, tornando os processos mais claros e seguros.

Neste sistema, cada transação é um bloco, que faz referência ao bloco anterior, facilitando a validação da integridade e a garantia da privacidade. Dessa forma, os registros também são irreversíveis, impedindo alterações.

Vale destacar que o blockchain funciona orientado por quatro princípios centrais:

1.Distribuída: uma informação em blockchain é armazenada em diversos computadores de uma rede, selecionados de maneira aleatória. Não há uma central.
2.Incremental: alterações de dados formam novos elos (arquivados em formato de equações), sem apagar aqueles que já existem.
3.Inquebrável: tentativas de alterar a cadeia existente são ignoradas, porque não conferem com as informações armazenadas em outros computadores.
4.Transparente: qualquer participante pode verificar se os dados da rede são autênticos. Basta analisar a coerência entre as equações que formam os elos.

Sabendo disso, é preciso entender a lógica de funcionamento do blockchain: os registros distribuídos, em inglês, distributed ledgers (DLT).

No encadeamento da rede, cada bloco é como um nó que armazena dados e hashs, sendo que o compartilhamento ocorre em forma distribuída. Ou seja, sempre que uma nova informação é incluída, todos os blocos da rede passam a ter acesso.

Em termos conceituais, é importante saber também que:

1.Os dados são as informações de cada transmissão.
2.O hash é uma sequência única de letras e números que viabiliza a criptografia e a proteção dos dados.

Cada bloco possui dois hashs: um deles vem do bloco anterior e o outro é o seu próprio hash, que será transmitido ao próximo bloco.

Sendo assim, o primeiro bloco de uma cadeia carrega um hash igual a 0, já que não recebe informação de um bloco anterior.

Como a validação de transações em blockchain ocorre de forma simultânea em todos os nós (blocos), quanto mais antigo o bloco, mais vezes ele terá sido validado, ou seja, mais seguro ele será.

#3 Blockchain: linguagens e algoritmos

Para garantir que as redes blockchain funcionem sem problemas e as transações sejam executadas com precisão, as linguagens de programação são fundamentais.

Isso porque elas permitem estabelecer condições predeterminadas. Sempre que atendidas, o usuário pode avançar na transação.

É assim que acontece, por exemplo, nas aplicações do blockchain para contratos inteligentes. Quando todos os requisitos são verificados, os documentos são executados automaticamente para os envolvidos, dispensando a participação de advogados no processo.

C, Python, JavaScript e Solidity são algumas das linguagens usadas pelos profissionais que trabalham com programação de blockchain.

Além da linguagem, o uso de algoritmos de consenso é igualmente importante para o funcionamento de uma rede blockchain. É ele que permite que os computadores da rede cheguem a um acordo sobre a validação das transações que acontecem nas redes públicas e descentralizadas.

São eles também que verificam o cumprimento das regras do protocolo, assegurando a confiabilidade das transações. Ou seja, garantem que as novas inserções sejam validadas por toda a rede, bem como impedem a exclusão dos novos dados.

De olho no futuro

Como já é possível perceber, a implantação do blockchain, em paralelo com outras tecnologias disruptivas, como Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (AI) deve impulsionar a transformação digital em vários segmentos. Em breve, além de produtos e soluções inovadoras, certamente será possível criar novos modelos de negócios, agregando valor e diferencial para o cliente.

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